segunda-feira, 28 de junho de 2010
A culpa é do Geisel!
Outro dia peguei o filme A culpa é do Fidel para assistir. É lindo demais! Uma aula sobre o desafio de se educar um filho. A narrativa é do ponto de vista de Anna, uma menina francesa que vive num bem-bom danado na Paris de 1971. Isso até ser confrontada com uma mudança radical de comportamento dos pais, que decidem se engajar no comunismo e na luta por um mundo mais justo e humano. Para isso, no entanto, Anna e o irmãozinho François se veem privados de uma série de privilégios que vão desde ter que mudar para um apartamento pequeno até ter que dividir os pais com um bando de “barbudos vermelhos” e fumadores de charutos cubanos.
O desfecho é que Anna, de personalidade forte e questionadora até o limite da paciência, acaba cedendo um pouco. E seus pais também, ao perceberem que a menina tem suas ideias próprias.
Fiquei deslumbrada! Guardada as devidas proporções, meu pai, um preso político do governo Geisel, também sonhava com três filhinhas comunistas. E que, de preferência, odiassem o Papa e o “burguês way of life” (porquê ele se casou e teve filhos até hoje eu não entendi).
Meu pai me colocou na aula de balé – que fiz por dez anos – na aula de hebraico (?????) e num colégio pra lá de “cabeca”. E me fez temer muito a igreja católica! Tudo isso fez de mim o que sou e agradeço muito. Mas assim que passei a pensar com minha própria dupla de Tico e Teco e a pagar minhas contas, descobri que eu era muito diferente daquilo que ele queria que eu fosse.
Como no filme, o pai de Anna a privou das aulas de catecismo que ela tanto gostava, mas ensinou para a filha a importância da solidariedade.
Tudo é troca. Tudo é válido. Mas se os pais conseguem sacar logo cedo do que o filho gosta mais, desde que não seja nada perigoso ou ilícito, vale a pena tentar não moldá-lo tanto à sua imagem e semelhança.
Débora – A Recasada
O desfecho é que Anna, de personalidade forte e questionadora até o limite da paciência, acaba cedendo um pouco. E seus pais também, ao perceberem que a menina tem suas ideias próprias.
Fiquei deslumbrada! Guardada as devidas proporções, meu pai, um preso político do governo Geisel, também sonhava com três filhinhas comunistas. E que, de preferência, odiassem o Papa e o “burguês way of life” (porquê ele se casou e teve filhos até hoje eu não entendi).
Meu pai me colocou na aula de balé – que fiz por dez anos – na aula de hebraico (?????) e num colégio pra lá de “cabeca”. E me fez temer muito a igreja católica! Tudo isso fez de mim o que sou e agradeço muito. Mas assim que passei a pensar com minha própria dupla de Tico e Teco e a pagar minhas contas, descobri que eu era muito diferente daquilo que ele queria que eu fosse.
Como no filme, o pai de Anna a privou das aulas de catecismo que ela tanto gostava, mas ensinou para a filha a importância da solidariedade.
Tudo é troca. Tudo é válido. Mas se os pais conseguem sacar logo cedo do que o filho gosta mais, desde que não seja nada perigoso ou ilícito, vale a pena tentar não moldá-lo tanto à sua imagem e semelhança.
Débora – A Recasada
9 comentários:
Com aula de hebraico e evitando igreja católica, ele tava te preparando pro judaísmo. ;)
28 de junho de 2010 às 00:28Ainda não assisti esse filme, tenho que vê-lo.
Este filme é maravilhoso, também me identifiquei horrores como filha e um pouco como mãe (embora, quando tenha visto, a minha filha tivesse menos de 1 anos). Mas é inevitável, Deb, a gente educa os filhos com os nossos valores e parâmetros. Depois é que eles escolhem como serão. E, na maioria das vezes, mesmo discordando aqui ou ali, acabam pegando o que tem de bom no radicalismo dos pais.
28 de junho de 2010 às 07:27Beijos
Nem sempre nos vemos enfeitiçadas pelas mesmas paixões que nossos pais.
28 de junho de 2010 às 07:55Talvez por isso valorizo a independencia e escolhas dos meus filhos.
Tb acho esse o caminho certo!
Beijo!
Que eu tenha paz de espírito e sabedoria pra dosar o "ser mãe"...
28 de junho de 2010 às 08:30kkkk
Meus pais sempre foram muito abertos, nunca nos forçaram a nada, nos apresentaram opções, mas sempre com limites.
Espero ser um pouco assim tbm.
haja fôlego...
ufa
bjocas
carol
http://viajandonamaternidade.blogspot.com
Eu não sei não, mas acho que ainda sou a imagem e semelhança da minha mae... tento mudar muita coisa em mim e algumas eu consigo, mas em geral, sou a CÓPIA dela...
28 de junho de 2010 às 14:19E acho que ela faz gosto disso rsrsrsrs
Ai ai ai...paisss
Ah adoro essas reflexões sobre relacionamentos entre pais e filhos...
28 de junho de 2010 às 16:41Agradeço a dica, vou sim assistir!
Bjs
Deb que massa, vou querer ver esse filme. Também fiz inúmeras coisas que detestava, mas, acredito que foi por um futuro melhor (ao menos na idéia deles).bjs
28 de junho de 2010 às 18:58Ainda não assisi ao filme mas gostei muito das suas obsrvações.
28 de junho de 2010 às 21:13Realmente valores, educação, expectativa, tudo soma e torna-nos quem somos, mas ser pais tb signiica olhar o eu dos filhos e saber respeitar!
beijocas,
Mari.
ééééééé isso aí, Deb!
29 de junho de 2010 às 13:55Beijo
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