segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Mas eu te amava
Ela já esteve por aqui antes. E abalou com o post Como ir das nuvens ao calabouço da manhã para a tarde. Agora, a Solteira à procura de um novo grande amor volta com um texto lindo sobre um sentimento que já se foi. Mas que foi grande enquanto durou. Obrigada pela colaboração, queridona. Amei. Volte sempre.
Beijos,
Isabela – A Divorciada
Mas eu te amava
Quando te conheci, seus cabelos cheiravam a escapamento e seu perfume era o do desodorante mais barato da farmácia da esquina. Mas eu te amava.
Quando te conheci, nosso ninho de amor era um colchão já ondulado pela idade avançada e nossa trilha sonora vinha de fitas cassete gravadas de discos de vinil. Mas eu te amava.
Caetano, Cult, U2 estavam todos na mesma seleção após longas horas em frente ao aparelho de som. Suas camisetas muitas vezes cheiravam a gaveta e você fazia a barba com espuma feita de sabonete Lux. Mas eu te amava.
Lembro que te amava mesmo quando usava uma zorba sem elástico, uma camiseta com furo ou uma meia trocada. Quando te conheci, as flores que ganhava vinham do fundo do quintal e comer pizza fora era em ocasiões especiais. Mas eu te amava.
Quando te conheci, você usava tênis, não sabia dar nó em gravata nem limpar direito a unha do pé. Mas eu te amava.
Naquela época, seus cabelos batiam no ombro, seu peito cheirava a parafina e eu tinha que passar horas te esperando na praia. Ainda assim, te amava.
Te amava até com touca de banho cor-de-rosa, blusa do avesso ou calça um número maior. Até quando esquecia as datas especiais, pechinchava cinquenta centavos ou alugava um filme repetido.
Naquela época, eu acabei concordando que não ter carro era descolado, que ir à praia com chuva podia ser interessante e que acampar era super confortável. Mas porque eu te amava.
Quando você contava a mesma história milhares de vezes, não ria da minha piada ou não levava a sério minha TPM, ainda assim eu te amava.
Quando te conheci, só te chamavam pelo primeiro nome, seus amigos chegavam sem avisar e no fim do ano você foi papai Noel.
Beijos,
Isabela – A Divorciada
Mas eu te amava
Quando te conheci, seus cabelos cheiravam a escapamento e seu perfume era o do desodorante mais barato da farmácia da esquina. Mas eu te amava.
Quando te conheci, nosso ninho de amor era um colchão já ondulado pela idade avançada e nossa trilha sonora vinha de fitas cassete gravadas de discos de vinil. Mas eu te amava.
Caetano, Cult, U2 estavam todos na mesma seleção após longas horas em frente ao aparelho de som. Suas camisetas muitas vezes cheiravam a gaveta e você fazia a barba com espuma feita de sabonete Lux. Mas eu te amava.
Lembro que te amava mesmo quando usava uma zorba sem elástico, uma camiseta com furo ou uma meia trocada. Quando te conheci, as flores que ganhava vinham do fundo do quintal e comer pizza fora era em ocasiões especiais. Mas eu te amava.
Quando te conheci, você usava tênis, não sabia dar nó em gravata nem limpar direito a unha do pé. Mas eu te amava.
Naquela época, seus cabelos batiam no ombro, seu peito cheirava a parafina e eu tinha que passar horas te esperando na praia. Ainda assim, te amava.
Te amava até com touca de banho cor-de-rosa, blusa do avesso ou calça um número maior. Até quando esquecia as datas especiais, pechinchava cinquenta centavos ou alugava um filme repetido.
Naquela época, eu acabei concordando que não ter carro era descolado, que ir à praia com chuva podia ser interessante e que acampar era super confortável. Mas porque eu te amava.
Quando você contava a mesma história milhares de vezes, não ria da minha piada ou não levava a sério minha TPM, ainda assim eu te amava.
Quando te conheci, só te chamavam pelo primeiro nome, seus amigos chegavam sem avisar e no fim do ano você foi papai Noel.
Hoje, não te conheço mais. Mas, por favor, nunca se esqueça:
Eu te amava.
A Solteira à procura de um novo grande amor
18 comentários:
ISSO É QUE É AMOR DE VERDADE!
2 de agosto de 2010 às 00:29No começo de nossas paixões, é sempre assim. Depois a gente abre os olhos e vê que quem a gente conhecia era alguém meio inventado pela gente mesmo.
2 de agosto de 2010 às 00:33É impressionante, mas o assunto se repete, já é o 4¤ essa noite que eu leio. Tem um no meu blog...
2 de agosto de 2010 às 00:44acho que jah se tornou normal conhecermos cada detalhe e...só...
2 de agosto de 2010 às 08:01e com o tempo... notasse que isso não eh o suficiente para conhecer alguem...
mas o importante é que "seja eterno enquanto dure"
Oi Bela, lindo texto, lindo... conheço bem essa história.
2 de agosto de 2010 às 09:43bjs
Que texto lindo!!!!
2 de agosto de 2010 às 09:57Emocionante...
.Olívia.
A prima!
É impossível não se ver uma poesia dessa! Belíssimo e muito comovente... fiquei aqui com um nózinho na garganta relembrando da minha passada e grande história de amor!! Lindo!!
2 de agosto de 2010 às 10:27Que venha o novo amor!
2 de agosto de 2010 às 11:46Sorte,
Irma
Ai que vontade de chorar...
2 de agosto de 2010 às 11:54Belissimo texto.
Muito bom o texto, Parabéns!
2 de agosto de 2010 às 12:05Uauuu!
2 de agosto de 2010 às 12:33Bom, neste caso, vejo que o seu amor não era tão cego assim, néh...Ele era compreensão!
Adorei o texto, meninas!
Beijones,
Fê
E se vc estiver dizendo isso pra si, para que VOCE não esqueça? Se é solteira em busca de um novo grande amor, está se desprendendo dos antigos amores. Repensar tudo que viveram e confrontar com esse novo sentimento deixa dúvidas e insights. Aproveite o aprendizado da vida e boa sorte!
2 de agosto de 2010 às 13:19Sem julgamentos da minha parte, só questionamentos! Bjs
Parabéns. Belíssimo texto!
2 de agosto de 2010 às 14:03Me reconheci nele... é impressionante a nossa capacidade de abstração quando estamos efetivamente envolvidos.
Parabéns mais uma vez, me fez voltar a um passado não muito distante.
beijos as duas
O Amor seria mais semples se agente nao fosse tao complicadas.
2 de agosto de 2010 às 17:45bjs
Insana
Tudo é passageiro menos o motorista e o cobrador!!!!
2 de agosto de 2010 às 21:36Estou com espirito de porco hoje!
beijocas,
Mari.
Interessante seria saber o que o cara diria de vc. Se seria nesse msm ritmo tbm...Enfim, belo texto soa quase como uma poesia...
2 de agosto de 2010 às 23:50Nossa, que lindo.... bom esse é o amor inocente, projetado, de adolescência, né. Seria bacana se a gente conseguisse manter intocada... essa inocência...
3 de agosto de 2010 às 13:18Todos ja passamos ou ainda vamos passar por isso, os que ja passaram entenderam os que ainda não passaram um dia irão entender o que ela quis dizer.
3 de agosto de 2010 às 15:01Postar um comentário