domingo, 26 de julho de 2009
E ainda refletindo sobre a retirada...
Depois de ler o post da Dé, este que reproduz o texto a respeito da retirada, é impossível não ficar pensando nele durante um bom tempo. Eis aí um daqueles textos que ficam martelando e curtindo dentro da nossa cabeça. Exercício dos bons porque nos permite ver algumas situações por novos ângulos e, assim, perceber tudo diferente; até sobre nós mesmos. Certamente muitos que passaram aqui e leram o seu conteúdo conseguiram aplicar boa parte das suas experiências numa das opções de retirada apresentadas.
Fiquei pensando nas tais retiradas. Seja de um emprego que não apresentava mais qualquer desafio, seja de um amor ou paixão terminados, seja de uma amizade que se mostrou pouco proveitosa, opções de situações não faltam. Mas, muito mais do que pensar nas nossas retiradas e quando elas se fazem necessárias, o texto possui latente um outro diálogo, na verdade, uma pergunta. Como é quando somos nós que ficamos?
Seja quem for - pai, mãe, avô, avó, irmão, irmã, amigo, amor, não importa - quando alguém que amamos muito se retira de forma definitiva, temos que lidar com o turbilhão de memórias que vem à tona. Lembranças guardadas há muito voltam à superfície e se fazem presentes como se fossem uma avalanche, quase tudo nos parece incontrolável. Nós ficamos e a primeira coisa a fazer é administrar as memórias. As lembranças da saudade confortam e doem, tudo na mesma intensidade e ao mesmo tempo também.
Lembramos sorrindo das boas coisas e terminamos chorando porque elas nunca mais se repetirão. Com o tempo, só o sorriso é que deve ficar. Tenho a sensação de que é sempre mais difícil para quem fica. Mas compreender a necessidade da retirada definitiva é o primeiro passo para que ela seja plena também para quem ficou do lado de cá.
Giovana - A Solteira
6 comentários:
Simplesmente Perfeito!!!! Me identifiquei muito...pois hj "lembro sorrindo das boas coisas e termino chorando porque elas nunca mais se repetirão."... espero logo compreender o porque meu amor se retirou e assim estampar definitivamente um lindo sorriso em meu rosto...sei q isto acontecerá,mas confesso q queria apertar um botão e ir parar logo neste dia viu. beijos queridas.
26 de julho de 2009 às 23:37Nunca sei se é bom se retirar ou ficar, só sei que foi assim. E assim vamos vivendo, lembrando, curtindo, refletindo, sentindo, pensando... Enfim, se contentar com o que aconteceu e com as decisões que tomamos, pois só sei que foi assim.
26 de julho de 2009 às 23:58Um dia todos nós viraremos estrelinhas e chegará a nossa hora de nos retirarmos definitivamente para uma nova galáxia, para uma nova etapa.
beijos
Eu acho que qualquer retirada seja dolorosa, tanto pra quem vai quanto pra quem fica.
27 de julho de 2009 às 08:22É muito bonito saber a hora de se retirar, e dizer essas coisas, mas a verdade é que pra chegar na fase de aceitação, a pessoa passou por maus bocados.
Olha por exemplo o texto de uma amiga: http://cafenacopa.blogspot.com/2009/07/aceitacao.html
na vida tudo é impermanente.
27 de julho de 2009 às 10:20Acho que dói mais quando a gente quer reter as coisas. Tudo muda, tudo passa, quando a gente deixa...
O problema da retirada definitiva é que a gente fica sem entender nada...eu, dez anos depois, ainda não entendi a morte da minha prima.
27 de julho de 2009 às 14:02E como dizia meu querido ex-marido, não tem muito o que entender mesmo. Ele sempre me dizia: "simplesmente aceite o mistério".
Fique bem!!
beijocas
dé
Difícil decidir se retirar, principalmente em relacionamentos que não tem mais nada a nos acrescentar mas insistimos em nome do que foi...
30 de julho de 2009 às 16:04Postar um comentário