quarta-feira, 15 de setembro de 2010
My way
Há exatos quatro anos eu subi aquela escadinha daquela casa de porta verde. E nunca mais parei de subi-la e descê-la. Fui perguntar quanto custava a aula de Pilates e saí como aluna de aikido. Estava buscando um exercício físico e saí com uma filosofia de vida. O que era aquilo? Eu não fazia nem ideia. E demorei ainda um ano ou mais para entender o que eu estava fazendo ali. O mestre era grosseiro, eu só tinha colegas homens, alguns fofos, outros brucutus, a técnica era extremamente difícil e a etiqueta e a hierarquia eram uma verdadeira subversão para uma menina criada na desordem.
Tive medo dos gritos, das broncas e da dor física. Tive medo de fazer exame e dar vexame. Tive medo de nunca entender a subjetividade desse caminho filosófico, de jamais sentir o meu ki (energia) e de não conseguir fazer mais e pensar menos. Num dado momento, parei de pensar sobre a utilidade das coisas e me deixei seduzir pelo tatame. E então eu comecei a voar. Meu coração acanhado e debochado virou coração valente e risonho. E me entreguei à vida como nunca antes tinha feito.
Vim parar em Moema por causa de um amor. E nesse bairro eu descobri o meu caminho. Me despeço de Moema porque os amores uma hora acabam. Mas o aikido, ah, esse é um caso de amor que transcende a vida.
Débora – A Separada
Tive medo dos gritos, das broncas e da dor física. Tive medo de fazer exame e dar vexame. Tive medo de nunca entender a subjetividade desse caminho filosófico, de jamais sentir o meu ki (energia) e de não conseguir fazer mais e pensar menos. Num dado momento, parei de pensar sobre a utilidade das coisas e me deixei seduzir pelo tatame. E então eu comecei a voar. Meu coração acanhado e debochado virou coração valente e risonho. E me entreguei à vida como nunca antes tinha feito.
Vim parar em Moema por causa de um amor. E nesse bairro eu descobri o meu caminho. Me despeço de Moema porque os amores uma hora acabam. Mas o aikido, ah, esse é um caso de amor que transcende a vida.
Débora – A Separada
12 comentários:
Lindo post, querida amiga. E linda foto! É bom ver quando alguém vive e entende o Aikido como você.
15 de setembro de 2010 às 00:20Super beijo
Dé,
15 de setembro de 2010 às 00:46lição de resiliência. Apesar de ser a palavra da moda, não encontro outra para definir o que você conta. Parabéns por ter encontrado uma terapia que traz auto-conhecimento e de saber aproveitá-la ao máximo. Você já estava pronta pra isso e nem sabia. :O)
Beijão, Gio
Adorei o ultimo parágrafo.
15 de setembro de 2010 às 08:30Oi Deb,
15 de setembro de 2010 às 09:41que texto lindo... quero encontrar algo que me faça bem assim como o aikido fez a você!
bjs
Absoluta, Sarada e Poderosa, amei.
15 de setembro de 2010 às 13:19Um salve ao aikido.
Beijos,
Bela - A Divorciada
E hoje seu ki transcende vc e contagia quem está por perto.
15 de setembro de 2010 às 15:02Que linndaa!!!
15 de setembro de 2010 às 15:21Que post show!
Me deixou com mais vontade de conhecer mais Aikido.
Um beijão!
E o nosso irimi-nague?
15 de setembro de 2010 às 15:54Oi Deb,
15 de setembro de 2010 às 19:20Lindo o texto! Sei exatamente do que você esta falando...
Aos 34 anos ainda não completei 01 ano que entrei no Judô!
Também estava atrás de um exercício físico que fugisse das mesmices das academias.
Sei que encontrei muito mais que um exercício. Hoje o Judô já faz parte de minha vida e foi a minha terapia depois da minha separação.
Ossss
Beijo
Aiiii que lindo, vou chorar....
15 de setembro de 2010 às 19:51Você é demais, Dé!!
Você me faz pensar.... o não pensar e o medo!
15 de setembro de 2010 às 22:33Os amores que transcendem!
Muito legal e muita força...
Pinheiros é muito legal tb!!!!
beijocas,
Mari.
O aikido é lindo por causa disso, cada um no seu caminho que se entrecruzam, que aprendem, que brigam, que choram... aikido é amor. Mesmo que esse amor seja dolorido de vez em quando.
17 de setembro de 2010 às 09:45Lindo post.
bjs
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