sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Na tristeza, sim. Na alegria, nem sempre
É batata. Fique triste e terás um mundo de amigos. Fique feliz e tente entender porque a felicidade afugenta algumas pessoas. Todo mundo diz que felicidade contagia – e eu acredito piamente nisso. Outro dia, faz mais de mês já, a ruiva me disse que tava gamada. Rapaz, eu gamei junto! Uma amiga mui querida me disse que tinha acabado de marcar o casamento, quase saí correndo para comprar o presente. Minha maninha mais nova descolou um bico de iluminadora, achei aquilo o máximo porque ela estava achando aquilo o máximo. Até fico discretamente feliz quando o São Paulo ganha e isso faz meu amigo Ricardo mais contentinho (mas eu não conto pra ele). Se tem uma coisa que me faz feliz é ver o outro feliz. É claro que não é sempre que a gente está 100% para vibrar junto, mas nessas horas entra em ação o “esforço amigo”.
O que eu não entendo é porque nem sempre isso acontece comigo. Já tomei cada patada por causa da minha alegria. Por rir demais, por exemplo, conforme já postado. E eu não sou a única vítima. Uma amiga minha foi acusada de ser sorridente demais e atrair gente mala. Outra, de ser “irritantemente simpática” para o ambiente de trabalho. Outra, feliz da vida com seus quilos a menos, ouviu de uma colega que “ainda era pouco”. E, por fim, teve uma que foi expulsa da casa de uma amiga sem mais nem menos logo após ter conseguido vários feitos que a deixaram muito feliz: a volta de uma viagem longa, um emprego novo, uma cidade nova e grandes expectativas.
Eu não sei bem a razão disso. Mas arrisco um palpite com base nos meus profundos estudos psicológicos (de araque) d’alma humana: a tristeza do outro nos faz fortes. Somos capazes de consolar, proteger e ajudar a fortalecer o outro. Para os possessivos, é uma forma de controlar a quem se ama. Já a felicidade gera independência do outro. Quem está feliz quer comemorar, chamar o outro para a celebração – e não para pedir ajuda . Isso coloca o outro num mesmo patamar ou até abaixo. E se o outro não estiver lá muito satisfeito consigo próprio, se deixa afetar pela felicidade alheia de forma negativa.
A grande maioria nem percebe quando dá uma dessas. É um ato inconsciente provavelmente impulsionado por alguma frustração muito íntima. No linguajar popular, é inveja mesmo. Mas eu sigo acreditando na força contagiante da felicidade.
=D
Débora – A Separada
O que eu não entendo é porque nem sempre isso acontece comigo. Já tomei cada patada por causa da minha alegria. Por rir demais, por exemplo, conforme já postado. E eu não sou a única vítima. Uma amiga minha foi acusada de ser sorridente demais e atrair gente mala. Outra, de ser “irritantemente simpática” para o ambiente de trabalho. Outra, feliz da vida com seus quilos a menos, ouviu de uma colega que “ainda era pouco”. E, por fim, teve uma que foi expulsa da casa de uma amiga sem mais nem menos logo após ter conseguido vários feitos que a deixaram muito feliz: a volta de uma viagem longa, um emprego novo, uma cidade nova e grandes expectativas.
Eu não sei bem a razão disso. Mas arrisco um palpite com base nos meus profundos estudos psicológicos (de araque) d’alma humana: a tristeza do outro nos faz fortes. Somos capazes de consolar, proteger e ajudar a fortalecer o outro. Para os possessivos, é uma forma de controlar a quem se ama. Já a felicidade gera independência do outro. Quem está feliz quer comemorar, chamar o outro para a celebração – e não para pedir ajuda . Isso coloca o outro num mesmo patamar ou até abaixo. E se o outro não estiver lá muito satisfeito consigo próprio, se deixa afetar pela felicidade alheia de forma negativa.
A grande maioria nem percebe quando dá uma dessas. É um ato inconsciente provavelmente impulsionado por alguma frustração muito íntima. No linguajar popular, é inveja mesmo. Mas eu sigo acreditando na força contagiante da felicidade.
=D
Débora – A Separada
22 comentários:
Oi Débora, td bem?
24 de setembro de 2010 às 07:04Leio sempre o blog e ADOOORO rs...
Hj em especial parece q eu q escrevi (ta certo q não escrevo bem rs), mas sinto do mesmo jeito q vc falou, concordo com td e assino embaixo, ja pessei por situações assim, e não é nada legal mas a gente acaba acostumando né...
Bjs....
É batata. Fique triste e terás um mundo de amigos. Fique feliz e tente entender porque a felicidade afugenta algumas pessoas.
24 de setembro de 2010 às 07:43Pois eu vivi exatamente o contrário...fique triste (ou pior ainda, deprimido de verdade) e os amigos somem...sorria e todo mundo quer estar ao seu lado. Tive muitos problemas por isso aqui na Holanda.
Nos momentos mais difíceis da minha vida aqui (divórcio, problemas financeiros, etc. vou economizar detalhes) as pessoas fugiram. Aí quando eu comecei a melhorar - com ajuda de psicólogos, psiquiatras e, acima de tudo, de mim mesma - as pessoas voltaram a aparecer...muito estranho!
Enfim, minha experiência é o contrário da sua...interessante isso.
Eu acho que isso acontece mais entre mulheres. Entre mulheres, rola mais competição, mesmo quando são "amigas".
24 de setembro de 2010 às 08:32Concordo com o Andarilho. E passo por isto a anos. Ninguém se conforma que uma menina que nasceu na miséria, teve pai ausente, mãe alcoolotra. Simplesmente não se revoltou e usou o sofrimento como impulso e hoje esta super bem, não é assim uma brastemp..mas esta bem. Tenho varias estórias de rejeição por estar feliz, estranho né!!
24 de setembro de 2010 às 08:47Débora, eu aprendi na terapia que todos nós temos um lado negro, que é uma característica pesada que compõe a nossa personalidade. Ninguém está livre disso. A inveja é um lado negro que faz parte da vida de muitas pessoas e, por incrível que pareça, não existe nada de errado com isso. Não é algo que possa ser modificado por vontade do invejoso. A inveja é um impulso tão natural quanto a fome, o sono. A questão é: quando uma pessoa identifica que seu lado negro é a inveja e aceita isso sem relutar, a inveja perde a força. O único jeito de minimizá-la é não lutar contra, é abrir o coração e assumir o sentimento. Sendo assim, não julgue ou fique chateada quando percebe que uma pessoa sente inveja da alegria alheia. É um impulso de vida, fazer o que? Beijo.
24 de setembro de 2010 às 10:46Infelizmente, acontece. Daquela amiga não entender que a felicidade tambbém traz outras responsabilidades e maior dedicação para si próprio a fim de manter essa nova fase feliz. Mas, vejo que cultivar 'migas' já é uma armadilha. Isso já é um fato. A solução é ter sempre em mente que uma verdadeira amizade não dá espaço à inveja. E da maioria, não se pode esperar a gentileza e satisfação em estarmos felizes. Mas nunca barrar essa nossa vibração de felicidade para o mundo.
24 de setembro de 2010 às 10:57grande abraço!
A D O R E I o post!!!!
24 de setembro de 2010 às 11:10O pior é q é exatamente isso... Lamentavelmente...
Será que no fundo no fundo tb fazemos isso???
Pelo menos temos a consciência disso, oq já é um primeiro passo pra mudar!
Adorei o blog tb! To add nos meus favoritos!
Comecei agora... Isso é viciante! rs
Bjusss
Oi Débora, Leio sempre o blog, 1ª vez comentando...
24 de setembro de 2010 às 11:39É verdade, meu blog é um exemplo disso rsrsrs...estou passando por um momento muito díficil na minha vida, uma separação nada tranquila rsrsrs...bom nos meus posts onde demonstro estar muito pra baixo, tenho vários coments, quando demonstro estar mais animada normalmente não tem nenhum rsrsrsrs...vai entender né, e na vida aqui fora é a mesma coisa, quando conto para alguma "amiga" o que estou passando...é a mesma coisa, quando digo que estou melhor cadê elas, parece até que ficam com raiva de eu estar me recuperando...bjsss....
divino esse seu post!!!
24 de setembro de 2010 às 12:10isso, de ter alegria como sentimento de direção e refugio, é mesmo algo que incomoda quem não a tem tão espontaneamente.
mas ne?! viva a diversidade!
bjo pras 3
Bravo, bravíssimo.
24 de setembro de 2010 às 12:43Adorei o post, amiga.
Beijão,
Bela - La Divorciada
Deb, pior que é verdade!
24 de setembro de 2010 às 14:51Sorte que os meus amigos de verdade curtem comigo tudo, a tristeza e principalmente a alegria!
"A sorrir eu pretendo levar a vida...".
Beijocas felizes!
Oi Deb, concordo com você - ipsi literis.
24 de setembro de 2010 às 14:58beijos
nossa, ja passei por varias, mas uma me marcou mais. Tinha (no passado mesmo)uma amiga muito baixo astral. Ela chorava quase todos os dias e sempre se metia em relacionamentos que de alguma forma a faziam sofrer. E todo dia, ela se lamentava....Um dia, apos chorar, reclamar e contar a mesma historia pela vigesima vez, mas com personagem diferente, ela me perguntou como eu estava. E eu disse que estava contente e mostrei um colar que havia ganho do meu marido no dia anterior. E ela me acusou de estar tripudiando da dor dela, ate mesmo de estar tentando provoca-la.Essa marcou, pois eu escutei durante muito tempo toda a lamuria e na hora que dividi algo meu. fui acusada injustamente.
24 de setembro de 2010 às 15:14O ser humano é um bicho complicado! Esse negócio de que a felicidade é imã pra inveja é algo 100% verdade. Por isso, melhor nem divulgar tanto. De resto, oração sempre ajuda! O post é perfeito, pq traduz em poucas palavras o q a gente tá acostumada a sentir na pele, por ser "legal" ou "prestativa".
24 de setembro de 2010 às 19:01Fiquei intrigada quando começei a ler seu texto, pois tive aquela sensação de vá vi isso em algum lugar, os franceses tem até uma frase muito conhecida que descreve essa sensação mas não sei como escreve-la em francês.
24 de setembro de 2010 às 19:45Acho que essa sensação vem do fato de todos nós em algum momento ou em vários de nossa vida, passamos por isso. Hoje mesmo fui sutilmente advertida por minha gestora pelo simples fato de ser comunicativa e estar sempre rindo e conversando com as pessoas, parece que a pessoa que demonstra felicidade não é competente para o trabalho, o que na minha opnião não tem nada a ver. Mas percebo que isso incomoda algumas pessoas, porém há outras que fazem questão de estar ao meu lado justamente por isso por ser uma pessoa de bem com a vida. Eu particularmente também gosto de estar na companhia de pessoas de alto astral para rir, bem muito.
Não rir dos outros porque acho que respeito é fundamental, mas simplesmente rir, me divertir com pequenas coisas, isso faz bem para a alma, para o coração, rejuvenesce, sinto pelas pessoas que se incomodam com isso e se puder ajudá-las a ver o mundo de uma forma diferente mais light eu o farei com certeza, mas geralmente essas pessoas não querem ser ajudadas, e falo isso por experiência pois vivo tentando ajudar pessoas com problemas de auto-estima e com dificuldades mas não é tarefa fácil, como já disse essas pessoas não reconhecem que precisam de ajuda e ainda criticam pessoas como eu e você Debi que adoram a vida e que mesmo com problemas pois todos nós o temos, somos felizes.
Costumo dizer com frequencia a seguinte frase " posso estar triste neste momento mas com certeza sou uma pessoa feliz" a vida é assim, cheia de contradições mas maravilhosa.
Xeiro querida !!!
Amei seu texto querida!!! Eu tb sou daquelas que ri alto, fala alto, ri sempre e cumprimenta todo mundo tem sempre uma conversinha e não perde uma comemoração de algo feliz! Esta semana meu irmão mais novo me ligou pra contar que tiha comprado um carro novo e deu pra mulher dele no dia do aniversário dela, e ele estava tão feliz....achei tão legal... eentão de sacanagem perguntei se ele queria uma amante irmã???? hahaha..
24 de setembro de 2010 às 20:07Nós dois quase morremos de rir! Tem coisa melhor que isso? e a gente já se ajudou muito mas eu fico muito feliz de vê-lo assim se dando tão bem! Mas como vc disse isso não ocorre sempre não, e não é todo mundo na minha família que age assim! Gostei muito da sua psicoloia de araque contudo, acho que vc matou na pinta!
beijocas e muitos momentos felizes e de risadas pra vc e muita força na peruca ok?
Mari.
Inveja na certa. São essas cositas que percebemos quem são as pessoas que nos cercam. Quando vc esta triste em frente dessas pessoas siginifica vitória.
24 de setembro de 2010 às 21:24Compartilho da alegria tb, thanks.
Os outros, são os outros... alguém disse isso.
Se insistir na inveja, procure a irma Jurema hehehe
bjos bjos
obs: discordo de "ficaras triste e teras amigos", na verdade aparece os inimigos.
24 de setembro de 2010 às 21:25Em se tratando de mulher, tem a competitividade mesmo rsr
"Você me quer bem
25 de setembro de 2010 às 19:45Quando eu tô legal
Te incomoda por quê?
Me faz bem
Pra jogar na cara
O que acabou de fazer
Me deprime, me derruba
E depois reza por mim..." (Jay Vaquer)
Achei genial a idéia do blog e o texto é redondinho. Dá até inveja. rs (Brincadeira)
Concordo contigo: é inveja mesmo!!
25 de setembro de 2010 às 21:58Acho que é não querer estar por baixo, não querer ser menos feliz do que o outro. Vai entender a mente humana!!!
Até já me perguntaram porque eu dou risada demais... É porque eu sou feliz! Será que existe algum problema em ser feliz?
Adorei o post!
Beijos
E como é verdade...
25 de setembro de 2010 às 22:31Mas o outro lado também existe, e muito, como Beth Blue falou .
Já senti os dois.
Deb,
25 de setembro de 2010 às 23:49lindo texto!
Acreditamos nas mesmas coisas.
Felicidade é sim, contagiante! Quanto mais gente feliz, mais gente feliz!
Ah... e eu sou mega fã de casais felizes, também. Daqueles que demonstram a felicidade em público.
Bjo
Postar um comentário