segunda-feira, 6 de setembro de 2010
A TAM e a Divorciada
“Boa noite, senhor Fulano. Em que posso ajudar?”
“Não, aqui não é o senhor Fulano. É a Isabela quem fala. O senhor Fulano é meu ex-marido, pode tirar o nome dele do cadastro e deixar só o meu, por favor”.
“Impossível, senhora: ele se cadastrou primeiro. Eu só posso tirar o nome se ele ligar aqui e pedir isso”.
“Mas é linha é minha! Está em meu nome! Posso comprovar isso. Como assim você não pode alterar o cadastro?”
“Não posso fazer nada, senhora”.
O diálogo acima foi travado entre mim e uma atendente da TAM, em 2008, pouco tempo depois que eu me separei. Uns dois meses após o fim, acho, deve ter sido em junho ou julho. Como faz muito tempo, posso não ter reproduzido as palavras com exatidão máxima, mas o conteúdo da conversa foi esse sim, eu me lembro muito bem.
Acho que as empresas deviam ser mais cuidadosas com situações como essas. Com o trato com os divorciados. Não é muito desagradável ligar para o call center de uma companhia aérea, para resgatar milhas e fazer uma viagem após a pior fase de um processo de separação (a fase inicial, claro), e ouvir “Boa noite, senhor Fulano”, ou seja, o nome do seu ex? Pior que isso: a atendente não deu a mínima para a minha argumentação. Se a linha telefônica estava em meu nome, e se eu estava dizendo a ela que havia me separado, por que não ter o mínimo de bom senso e atender o meu pedido?
Na época, com tanta coisa para resolver, nem levei a queixa adiante. Sequer procurei a central de atendimento da TAM. Devo fazer isso agora, por meio deste post. Mas deixo desde já o meu protesto: empresas, cuidem melhor de seus clientes divorciados. Estado civil é estado civil. E o respeito TEM QUE ser igual para todos.
Isabela – A Divorciada
9 comentários:
Ar-ra-sou (só pra variar), Bela! Eu também já senti na pele algumas vezes o desrespeito das pessoas pelo fato de eu ser divorciada. O cúmulo foi quando liguei para um cartório para me informar sobre divórcio direto. Até risinhos ouvi do outro lado da linha... Como se alguém estivesse livre de passar por uma separação! Enfim... que um dia isso melhore!
6 de setembro de 2010 às 00:40Bjs,
Lu
Mas você já tinha mudado o estado civil e ela não acatou seu pedido?
6 de setembro de 2010 às 07:27Eu acho desagradável, mas acho que como você não levaria adiante.
Na verdade quando a gente se separa ficamos um pouco paranóicas, nada que o tempo não resolva (e um novo estado civil também).
Ah, gostei do blog, já pertenci a todos eles e até viuva já fui, hoje sou re-casada.
Cheers!
Tem que reclamar mesmo com a TAM, de preferência, na ouvidoria. Isso porque o sistema às vezes é travado mesmo, e os atendentes, que são os mais baixos na hierarquia da empresa (só pq faxina hoje é terceirizada), não podem fazer nada mesmo.
6 de setembro de 2010 às 08:26É cada coisa que acontece!
6 de setembro de 2010 às 10:28O pior dos abusos com os divorciados é quando esses vem da própria família. Outro dia peguei a minha mãe mentindo para uma amiga "conservadora", dizendo que eu era casada! Fui tomada por uma fúria e minha mãe foi desmentida assim, no meio de todo mundo!
Enfim...
Bela.... tem-se que jogar um balde de alguma coisa tipo bosta!!!! na cabeça da retardada que ainda discute!
6 de setembro de 2010 às 11:38Tem coisa que eu não aguento!!!!
beijocas,
Mari.
Por que tentar garantir o próprio direito é tão constrangedor?! Força e em frente!
6 de setembro de 2010 às 14:20abraço!
inté
Eu passei por coisa semelhante, quando tive que retirar o nome da ex-esposa da minha conta conjunta no banco. Eu sempre trabalhei e ela nunca. Eu cadastrei ela sem precisar da assinatura dela (foi tudo muito simples). Contudo, na hora que fui retirar a conta conjunta, na quam eu era o titular, eu não conseguia sem a autorização dela. A conta era minha e eu precisava da assinatura dela? Como asim? O pior é que ela se recusava a assinar o danado do documento. E olhe, que nesta altura, eu já estava pagando pensão há algum tempo e ela já tinha outra conta particular, mas mesmo assim ela tinha acesso a toda minha movimentação bancária, cartões de créditos e ainda podia sacar e comprar, sem a minha autorização. Mas o final foi feliz, pois depois de algum tempo, ela aceitou "quebrar o meu galho", como ela disse e assinou.
6 de setembro de 2010 às 14:42Parabéns pelo texto!
Abraços
Apoiada!!!!
6 de setembro de 2010 às 19:20te entendo...Mamãe acabou de se divorciar oficialmente e eu tentei alterar o cadastro dela no programa de milhas da Tam e quem disse que consegui. como sou eu quem mexo nisso, pq ela é uma negação de pc terei de pedir cópia dos documentos dela pra tentar resolver!
7 de setembro de 2010 às 16:11¬¬"
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