sábado, 31 de julho de 2010
Doidas e Santas
Adoro Doidas e Santas, livro de crônicas da colunista e escritora gaúcha Martha Medeiros. Tanto que já dei o título de presente para a minha mãe e para duas grandes amigas. São textos leves, curtos, simples, mas cheios de reflexões com as quais eu me identifico muito, a maioria sobre o universo feminino, com todas as nossas alegrias, decepções, neuroses, loucuras. Minha dica de leitura procês hoje.
Para deixar um gostinho, reproduzo aqui um trecho que eu acho super verdadeiro extraído da crônica que dá nome à obra:
“Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.”
Ótimo sábado, doidonas. E doidões também!
Besos, besos,
Isabela – A Divorciada
Para deixar um gostinho, reproduzo aqui um trecho que eu acho super verdadeiro extraído da crônica que dá nome à obra:
“Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.”
Ótimo sábado, doidonas. E doidões também!
Besos, besos,
Isabela – A Divorciada
16 comentários:
Eu digo que os doidos(as) são sempre os(as) que se divertem mais.
31 de julho de 2010 às 00:08Adoro a Martha Medeiros! Absolutamente todas as crônicas dela são maravilhosas. Ela tem uma maneira muito particular de falar sobre o universo feminino. E por ser gaúcha, fala bem a minha língua, é fácil se identificar com o que ela escreve, como neste trecho que você citou, santas não existem e só as doidas de pedra se recusam a abrir a janela...
31 de julho de 2010 às 00:58Bela, eu não conhecia, mas, só esse trecho me deixou 'doida' prá ler. Muito legal a dica.
31 de julho de 2010 às 09:53Obrigada pela visita viu, fico muito feliz quando vocês vão me visitar!
bjs
Como fui eu uma das premiadas pela Bela com esse livro delicioso, vou também deixar a sugestão de três crônicas que gostei em especial:
31 de julho de 2010 às 12:16-"A Separação como um ato de amor" -"A Pior vontade de viver"
-"Absolvendo o amor"
Segue um trecho de "A pior vontade de viver", sobre uma personagem de Clarice Lispector cujo coração se enchera 'da pior vontade de viver':
"Ela é complexa, angustiante, subjetiva e intensa. Ela, a pior vontade de viver. A que não está disposta a negociar com a vontade dos outros".
É difícil pacas viver com essa "pior" vontade aí, porque vivê-la significa fugir do script. Mas quando se faz isso com maestria, a gente descobre que esse pior é bem melhor, =D
bjssss e ótimo fim de semana ensolarado (ao menos em SP)
deb
AMOOOOOOOOOOOOO!!!
31 de julho de 2010 às 15:34ESSA É A MINHA "BIBLIA" DE CABECEIRA!!!
indico mais especifico ainda: pagina 129 - Prisioneiros do Amor Livre
"Seguir o nosso desejo é o que nos torna livres, e o desejo é variavel, mutante, inclassificavel - não pode ser considerado moderno ou antigo, é o que é. E mesmo que consigamos obedecer todos os nosso instintos mais naturais, com toda a liberdade que isso implica, ainda assim pagaremos um tributo ao sofrimento, simplesmente porque viver, seja da maneira que for, nunca é facil."
bjoooo pra o trio
Deus ama os loucos!
31 de julho de 2010 às 16:22Tem um mar na frente deles. Deus determina: Sigam em frente! Só um louco seguiria...Uma pessoa que não seja muito louca, iria pensar que era impossível, nas dificuldades. Mas Deus sabia que eles atenderiam. Seriam eles loucos? Mas o fato é que eles conseguiram e foram felizes, mesmo tendo que transpor o impossível!
Debs,
31 de julho de 2010 às 20:23Assim como vc, tb fui premiada pela Belinha com o livro (deve ser porque a Bela identificou desde o início que eu e vc fomos separadas pelo nascimento nas questões da vida). Tb amei a crônica da separação. Gosto desse trecho:
"só se separam os que têm coragem de olhar nos olhos e descobrir que o amor de ontem merece mais do que o conforto dos hábitos"
Irma
Vontade de ir à livraria a-go-ra!
31 de julho de 2010 às 21:18Bjs,
Lu
Meninas, blog muito bom, parabéns!voltarei.
31 de julho de 2010 às 22:12Beijos.
Cleo
Ainda não consegui gostar de Martha Medeiros. Será que esse livro me faz mudar de ideia?
31 de julho de 2010 às 22:31Beijo grande e ótima semana a vocês três!
Ah, eu gosto da Martha, mas não li o livro. Gostei da dica!
31 de julho de 2010 às 23:03Imagino, porém, que a origem do título, (e da janela) venha desse poema, lindo, lindo, que me faz até chorar...
A SERENATA
Adélia Prado
Uma noite de lua pálida e gerânios
ele viria com boca e mãos incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo
o que não for natal como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
- só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
Bjos
Gostei muito do texto.
1 de agosto de 2010 às 09:59Fiquei curioso com o livro, vou procurá-lo...
Adoro saber do universo feminino! ;)
Assim fico cheio de argumentos e reflexões quando estou em vôo solo, na caçada!!! hehehehe
Beijos Belinha
Belinha!!!!!
1 de agosto de 2010 às 10:17Amei!!!! Vou comprar o livro! Aliás o segundo que compro indicado aqui pelo blog de vcs....vcs deveriam ganhar comissão!hahahah...Comprei o A Cinderela mudou de idéia e amei!
E como ela está certa.... desistir só sendo louca de pedra!
beijocas,
Mari.
Nina, na mosca! É mesmo da Adélia que ela "roubou" o título. Nada como ter uma leitora culta, rsrs
1 de agosto de 2010 às 20:27Sanzinha, eu tb não gostava dela versão ficção, mas ela versão crônica é muito bom!! =D
baccios
deb
ai, Deb, que chique!
1 de agosto de 2010 às 21:22Obrigada pelo culta , estou toda me sentindo, aqui!
Mas é que esse poema faz parte de minha história:
http://amormusicapoesia.blogspot.com/2010/06/serenata-love-dream.html
Beijos!
minha irmã ganhou esse lvro de presente. gostamos tto que fomos atrás de todos. estou lendo o trem bala agora. e amandooooooo..
1 de agosto de 2010 às 22:37literatura brasileira é martha medeiros...maravilhosa...
muito recomendada!!
beijókaaaas
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