sábado, 3 de julho de 2010

Recaídas calculadas

O ritmo para se recuperar de uma recaída varia de pessoa para pessoa. Como tudo na vida. Assim como tem gente que nem sente um resfriado, outras caem de cama por terem levado um golpe de ar frio. Vai ver são os anticorpos, que aqui fazem o papel das experiências pregressas, ou a forma como a criatura sempre cuidou das suas escolhas.

Sabe aquela coxinha maldita que você sabe que vai te fazer entrar na calça com mais dificuldade no dia seguinte? Mas que você come feliz mesmo assim, aproveitando cada instante sem culpa? Depois, não vale achar que vai passar incólume no teste da calça jeans no dia seguinte. Sim, porque parar em uma coxinha só também é desafiador. É igual aquela galera que jura que só come "um pedacinho de bolo"... O resto da história vocês conhecem bem.

Mais uma vez, a gastronomia é metáfora para amor e desejo. A correlação dos assuntos é perfeita porque todos eles são movidos a necessidade, vontade e uma boa dose de imaginação. Pensar no seu prato favorito, do nada, tem o mesmo efeito de um contato prosaico, e sem querer, com alguém do passado. Um reacende a fome. O outro reacende outro tipo de fome e, deste ponto em diante, dá uma vontade danada de ter uma recaída.

Mas será que vale a pena? Aí é com quem se faz esta pergunta. Pode valer muitíssimo a pena sim, desde que você deposite a exata expectativa no que um brigadeiro pode te proporcionar. Confundir brigadeiro com quindim, xi, sei não.

Mas tem uma coisa que uma recaída não perdoa, insistir no erro. Recaídas fazem parte do roteiro mas não dá para seguir a guia com as mesmas ideias e atitudes na cabeça e no coração. Do contrário, lá vai você de novo para o conserto ou encarar mais uma vez aquela calça jeans que não fecha o botão como quem aponta "não te disse?".

Giovana - está solteira

5 comentários:

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Giovana, me vi olhando prá coxinha kkkk
Costumo dizer que quando vejo uma coxinha me sinto Gisele Bündchen, crendo que a coxinha não vai fazer nada, quando termino me sinto a baleia willy e fico com um remorso cruel. Então, penso as recaídas dessa maneira, não deixar de ver as reais situações antes de embarcar, porque na realidade você acaba se envolvendo e entrando em caminhos tortos novamente.
bjsssssss e massa o texto!

3 de julho de 2010 às 08:45
Andarilho disse...

Perfeita a metáfora! Malditas coxinhas. ;)

3 de julho de 2010 às 10:53
Blog Sozinha ou Acompanhada disse...

Giovana....
Adorei as metáforas... e menina a vida não é mesmo cheia de recaídas, sejam elas coxinhas, quindins, ou exxx.... mas amei o lance da expectativa, que sacada garota!
beijocas,
Mari.

3 de julho de 2010 às 14:56
Gerlaine disse...

Recaidas são definitivamente perigosas. =]

3 de julho de 2010 às 17:33
Jú... disse...

muito bom... desculpa mas, esse tive que postar no meu blog.
Muito bom como sempre!!!
=)

3 de julho de 2010 às 21:10