quarta-feira, 19 de maio de 2010
Simples como dois mais dois
Descadeirada, tinha certeza de que a dor nas costas era por causa do colchão fora de casa onde dormiu. Erro! Nada disso. O motivo era outro, sim senhor. Chama Pedro, um príncipe de olhos azuis, cabelos loiros e cacheados. De riso fácil, o gatinho é muito sociável e faz sucesso com a ala feminina desde cedo. Desde quando nasceu, faz onze meses.
No aniversário da avó, rodou na mão das amigas igual oferenda e sempre com um tremendo sorriso no rosto. Ainda aprendendo a andar, foi a atração da festa e tem talento para anfitrião. Não chorou e sequer resmungou um só minuto.
A tia botou o pequeno para dormir, mas isso só durou duas horas. A mulherada estava na maior conversa quando veio um chorinho do quarto. Era ele, sentado no meio do berço, sem chupeta e desolado. E lá vai a titia pra lá e pra cá com a criança, nove quilos de pura formosura. As amigas da avó vão embora, chegam os outros sobrinhos, que veem no primo o bibelô favorito.
Mas o bebê já estava cansado e, pasmem, precisava de um banho. "É só esquentar a água e botar na banheirinha com espuma". Sei... Isso é para quem pensa que criança não reconhece uma marinheira de primeira viagem, que ainda por cima não é a mãe. Aí, pintou-se o quadro do desespero. Da hora de tirar a roupa até ir para o colo da avó enrolado na toalha foi um choro de uma nota só.
Os outros primos entravam e saíam do banheiro, os gatos corriam pela casa, havia brigadeiros espalhados pelo chão. O caos em forma de jardim de infância. A titia engoliu em seco e deu o banho até o final. Ok, durou só cinco minutos. Ao chorar, Pedro consegue comover mais que o Gato de Botas do Shrek. Não tem como alguém não querer fazer outra coisa da vida senão consolar aquele bebê.
Do fim de semana no jardim de infância, a tia chegou às seguintes conclusões: precisa voltar a malhar urgentemente, pois mal consegue inspirar fundo sem sentir dores em músculos que já havia esquecido da existência. E mais: trocar fraldas não é nenhum fim de mundo, só Hipoglós acaba com assadura no bumbum das crianças, colo de vó não tem igual e rever a mãe no aeroporto, quando se é pequeno, é a materialização da felicidade sem fim.
Giovana - está solteira
PS: qualquer semelhança deste post com fatos reais não terá sido mera coincidência. Ah, sim, o Pedro ilustra este post, claro... Na imagem do topo, aos seis meses. Nas que ilustram o rodapé, no último final de semana. Detalhe para a tampa da mamadeira como mais novo chapéu. :O)
13 comentários:
Por mais que todo mundo ache bonitinho e tal, essa é uma experiência que eu não faço questão de ter.
19 de maio de 2010 às 08:04Prima, que post mais lindo....amei. Que felicidade ter um nene tão lindo e querido igual ao Pedrinho por perto. A mãe ja tinha me contado da supresa q fizeram pra Tia Rô. Estou louca pra conhecer ele.
19 de maio de 2010 às 08:16Milhoes de beijos e muitas saudades de vcs todos.
*Me lembro como se fosse hoje tu indo todos os dias pra academia na frente do teu antigo apto. Volta a malhar q volto para minhas caminhadas no parcao...hehe
Te amo!
Já ia esquecendo...tem q ensinar ele a falar: "Cai Fora"
19 de maio de 2010 às 08:19Criança é tudibom...sobrinho então....melhor ainda, pq a hora que o bicho aperta a gente tem a opção de devolver pra mãe...rs rs
19 de maio de 2010 às 10:16Tmb sou tia, e das bem babonas, amo dar banho, trocar fralda, dar mamadeira e tudo mais!!!
Acho que só vou sentir emoção maior da que senti no nascimento das minhas sobrinhas o dia que nascer meu próprio filho.
Mille, vem aqui me visitar que vamos caminhar no Ibirapuera!! Beijos, Gi
19 de maio de 2010 às 10:36Muito lindo o Pedro!Parabéns pelo sobrinho fofo!
19 de maio de 2010 às 14:17Por que tia solteira é cheia de afilhado? rsrs...
19 de maio de 2010 às 14:37Abração!
Oi, tudo bem?
19 de maio de 2010 às 14:52Tem um selinho lá no meu blog para você.
Muito muito fofo!!!!
19 de maio de 2010 às 16:28Beijos,
Bela - A Divorciada
Oi Giovaaaaaaaaaana, que exercício em? kkkkk
20 de maio de 2010 às 00:15Não tenho o menor trato com criança, numa situação dessa entraria em pânico kkkk
O texto ficou ótimo, muito legal a conclusão.
Ps.: eles reconhecem cheiro de marinheiro de primeira viagem, isso é fato! kkkk
bjs
HAHAHAHAHA
20 de maio de 2010 às 08:11Muito bom!!
Eu tive uma experiência parecida com a Marina (minha sobrinha de um ano e meio). A primeira vez que fui trocar a fralda dela até que ela tava distraída e eu consegui numa boa.
Já a segunda vez...rapaz, que trampo! Era meu pai segurando de um lado, a minha irmã (outra tia) segurando do outro, eu tentando trocar a fralda e fazer aqueeeela limpeza e, ainda assim, a Marina conseguiu pegar um tubo de óleo Johnson, abrir a tampa e beber o óleo. Tudo isso em questão de segundos.
Minha irmã, a mãe da Marina,nunca ficou sabendo. E nem vai. Pq nunca lê esse blog aqui, hahaha
baccios
deb
ps: aí, topa apresentar essa coisa fofa aí para Marinoca??
Oi Dé! Claro! Vamos apresentar o Pedro e a Marina :O)
20 de maio de 2010 às 10:38Boa ideia! Então, eles ficam virando de um lado pro outro na hora de trocar a fralda, que luta! Hoje, vou encontrar o príncipe! beijos, Gio
Uma doçura. Lindo, maravilhoso!!
21 de maio de 2010 às 16:36Sou completamente apaixonada por crianças...
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